Pelo menos 6 questões no exame de Certificação PMP® são relacionadas ao Gerenciamento do Valor Agregado. O GVA é um método de mensuração de desempenho Introduzido nos anos 60 pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para obter critérios de padrões de aceitabilidade para contratos de defesa.
- Compara o valor do trabalho realizado com o custo planejado e o custo real, integrando custo, cronograma e escopo;
- Devem ser compreendidas não apenas as fórmulas mas também a interpretação.
O GVA envolve o cálculo de 3 valores-chave para cada atividade ou pacote de trabalho que deveria ter sido feito até o momento considerado::
- Valor Planejado (VP) – Custo orçado do trabalho que deveria ter sido feito (agendado).
- Custo Real (CR) – Custo incorrido no trabalho realizado.
- Valor Agregado (VA) – Quanto vale o trabalho realizado? Custo orçado para o trabalho realmente realizado. VA = VP x progresso físico (%).
Exemplo: Este é um projeto em que a primeira fase já encerrou. Estava planejado serem gastos R$ 300 e R$300 foram efetivamente gastos, porém somente 2/3 do trabalho planejado para a fase foi feito (progresso físico). Assim o VA = $200.
Análise Tradicional:
Custo Planejado = R$ 300
Custos Reais = R$ 300
Variação em relação ao plano = R$ 0
Gerenciamento do Valor Agregado:
No GVA, gastamos como planejado, entretanto estamos atrasados e deixamos de entregar o equivalente a R$100. Nós estamos com problemas!
Valor Planejado = R$ 300
Valor Agregado = R$ 200
Custo Real = R$ 300
Variação de prazos (do plano): VPR = VA – VP = (R$ 100)
Interpretação: “Hoje, estava previsto que eu tivesse feito um valor de R$300 de trabalho (VP). Eu fiz um valor de R$200 (VA) de trabalho. Desse modo, eu estou atrasado no meu cronograma em um valor equivalente a R$100 de trabalho (VPR).”
Variação do custo (real): VC = VA – CR = (R$ 100)
Interpretação: “Eu fiz o equivalente a um valor de R$200 de trabalho (VA), mas isto me custou R$300 (CR). Custou-me R$100 a mais para fazer além do que eu havia inicialmente previsto (VC).”
Índice de Desempenho de Custos: IDC = VA / CR = 0,66
Interpretação: “Cada 1 real que eu gastei gerou um valor equivalente a 66 centavos de trabalho.”
Índice de Desempenho de Prazos: IDP = VA / VP = 0,66
Interpretação: “Eu fiz um trabalho equivalente a um valor de R$200 (VA). O valor do trabalho previsto para o momento era de R$300. IDP = 0,66. Estou atrasado, progredindo a uma taxa 34% abaixo da planejada.“
Lembre-se destas DICAS:
O Valor Agregado é calculado em dado momento e sempre vem antes nas fórmulas acima.
Variação: VA menos
- Custo: CR
- Cronograma: VP
- Resultado: 0 – Sem variação
- Resultado negativo – “Estouro”
- Resultado positivo – Adiantamento
Índice: VA dividido por
- Custo: CR
- Cronograma: VP
- Resultado 1 – Sem variação
- Resultado menor que 1 – “Estouro”
- Resultado maior que 1 – Economia
Agora necessitamos incrementar nossa eficiência para voltarmos ao planejado e incrementá-la ainda mais se quisermos adiantar trabalho.
E como prever o futuro?
- ONT – Orçamento no Término. Orçamento Inicialmente autorizado para o trabalho TOTAL.
- ENT – Estimativa no Término. Quanto nós, hoje, estimamos que o projeto TOTAL vá custar? O novo orçamento.
- VNT – Variação no Término. Quanto acima ou abaixo do orçamento inicial nós esperamos ficar?
A Estimativa no Término (ENT) é uma previsão do custo TOTAL do projeto baseada no desempenho do projeto até o momento.
A ENT é igual ao custo real (CR) do trabalho executado, mais uma estimativa para terminar (EPT) o trabalho: ENT = CR + EPT
- Opção 1: ENT = CR + ONT – VA – Aceita-se o desempenho real até a data e se prevê que o trabalho futuro será executado no ritmo orçado
- Opção 2: ENT = CR + [ (ONT – VA) / IDC ] = ONT / IDC – Houve uma alteração. A previsão é de que o que tem acontecido até agora tende a continuar no futuro
Gerenciamento do Valor Agregado:
Orçamento no Término ONT = R$ 1000
Índice de Desempenho de Custos: IDC = VA / CR= 0,66
Estimativa no Término ENT = ONT / IDC = R$ 1515,15
Variação no Término: VNT = ONT – ENT = -515,15
Isso é o básico sobre GVA, mas é o que o estudante deve saber para realizar o exame de certificação, uma vez que as questões sobre esse tópico tendem a ser bem simples e diretas.
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Especialista em gerenciamento de projetos, programas, PMO e riscos. Com 25 anos de experiência em gerenciamento de projetos, foi responsável por mais de 50 projetos em diversos países. Atuou em empresas como Hewlett-Packard, Saab Sweden e Dana. É Diretor da PM Tech (www.pmtech.com.br), onde fornece capacitação profissional e consultoria a organizações na implantação bem-sucedida de cultura corporativa de Projetos. Foi Mentor do Project Management Institute (PMI) para o Brasil, Presidente do PMI-RS e membro da equipe que desenvolveu o Guia PMBOK® e outros guias. Certificado pelo PMI como Project Management Professional (PMP) desde 1998, Risk Management Professional (PMI-RMP) e PMO-CC, é autor de livros sobre Gerenciamento de Projetos, Escritórios de Projetos (PMO) e Certificação PMP. Doutorando em Administração de Empresas, possui MBA em Administração, pós-graduação em Computação e graduação em Informática e em Engenharia Mecânica. É professor convidado junto à Fundação Getúlio Vargas e outras instituições. Entre em contato comigo clicando aqui ou siga-me nos links abaixo.