Realizei o exame PMP PBT (em papel) no dia 12/03/2016 no Hotel Holiday Inn em Porto Alegre e no dia 24/03/2016 recebi o email comunicando a minha aprovacão. Foram 12 dias conferindo email e entrando no site do PMI a toda hora. Vou pontuar abaixo como foi a minha preparação, minhas opiniões e a prova.
1. Experiência: o requisito de 36 meses e 4.500 horas de experiência em projetos não é apenas formal, é indiretamente cobrado como habilidade para se resolver as questões da prova com maior eficiência. Como a maior parte das questões são situacionais, a experiência contribui na identificação da situação e o contexto não se torna tão abstrato. Por outro lado é preciso conhecer e entender bem o conceito abordado pelo PMI, pois muitas vezes a experiência pode divergir e trazer alguns vícios da prática, da metodologia, ou do segmento onde se trabalha. Eu tive que tomar muito cuidado com as questões de qualidade, pois não concordo integralmente com algumas das colocações do PMBOK. Contudo, não importa se concorda ou não, o objetivo é passar na prova.
2. Preparação: passando pelo momento difícil do país e buscando recolocação no mercado, tive tempo disponível para me dedicar desde janeiro, quando decidi fazer a prova, até uma semana antes, quando larguei o material de estudo.
- Fiz o curso preparatório da PM Tech em janeiro/2016 e o recomendo fortemente, pois acho que só a leitura do PMBOK ou da literatura tornaria a minha preparação mais dispersa e exigindo mais horas de dedicação.
- Durante o curso eu fiz a leitura criteriosa e produzi 50 páginas de apontamentos sobre o PMBOK. Achei a leitura do guia fundamental.
- Revisei a apostila do curso fazendo apontamentos e a cada dois ou três capítulos fiz as respectivas questões do primeiro simulado PMP fornecido pela PM Tech. O desempenho assim nas questões dessa forma sempre foi excelente.
- Emprestei o livro Como Se Tornar um Profissional em GP e foquei principalmente nos capítulos de RH, Comunicação, Qualidade, naqueles que achei que deveria ser complementado o conteúdo do PMBOK. O gerenciamento da qualidade em especial achei um capítulo largado no meio do PMBOK e precisa de estudo complementar.
- Não li o livro da Rita, apenas fiz algumas questões, mas não achei que no final fez alguma diferença. A partir de um momento no estudo adquirir a dinâmica do exame se torna o ponto crítico e é preciso fazer simulados completos.
- Eu fiz os 5 simulados CAPM e os 7 simulados PMP da PM Tech. O primeiro simulado PMP eu quebrei em capítulos durante o estudo da bibliografia, mas todos os outros eu fiz completos cronometrados. Obtive rendimento entre 780 e 880 nos simulados. Notei que, tendo mais energia no começo, o rendimento nas 100 primeiras questões era excelente, já cansado e com pressão sobre o tempo as últimas 50 eram terríveis. Marquei coisas como VP = 120 e VA = 100 para um IDC = 1,2. Então forcei uma dinâmica diferente, colocando mais pressa no início do simulado e evitando “pirar” nas diversas questões que trazem dúvidas entre duas ou mais respostas. A primeira resposta é a certa e segue em frente! Obtive melhores resultados nos simulados.
- Revisava todas as questões que errava e percebi nos simulados que estava errando muitas questões sobre relações entre processos, entradas, ferramentas e saídas. Então, criei uma tabela incluindo processo, referências, descrição, processo predecessor, entradas, técnicas, saídas e processos sucessores. Depois de construir a planilha nunca mais precisei olhar pra ela. O exercício de construir foi a chave do sucesso.
3. A Prova: em resumo, achei uma prova cruel, muitas questões com mais de uma resposta possível que me deixaram muito inseguro a medida que avançava. Não recomendo fazer a prova em papel, pois além da pressão do tempo, tem o desgaste físico de preencher as bolinhas no cartão resposta. O braço trava! Saí da prova inseguro do quão bem ou mal teria ido. E isso foi um sentimento comum entre os colegas de prova.
- Dois funcionários da Prometric aplicaram a prova e, por consenso de todos, passaram as instruções em português com dificuldade. Entregaram o lápis apenas após as instruções, então não foi possível fazer o “brain dumping”.
- A sala de prova estava muito fria e com luminosidade questionável. Mesmo se estiver quente no dia, considere levar um abrigo confortável.
- Realizei a prova marcando direto no cartão resposta com um ponto a lápis. Não se usa caneta, então depois só teria que reforçar e se tivesse que corrigir não haveria problema.
- Avancei bem na prova quanto ao tempo, mas como já disse, tive que cuidar para não me prender em muitas questões que causam insegurança.
- Informam o tempo de meia em meia hora e indicam os últimos 15 e 5 minutos. Quando faltava meia hora ainda tinha 12 questões para responder, as completei fazendo uma leitura dinâmica e comecei a reforçar as respostas no cartão. Isso cansa muito! Depois sobraram 10 minutos e consegui revisar as 12 últimas questões. Terminei a prova em 3h55min.
- Todos com quem conversei saíram da prova exaustos e inseguros, achando que a prova foi difícil, mas todos com os quais mantive contato foram aprovados.
Bom estudo! E boa prova!