Os termos Produto Mínimo Viável (Minimal Viable Product – MVP) ou Funcionalidade Mínima Comercializável (Minimum Marketable Feature – MMF) são frequentemente usados alternadamente, mas eles são realmente a mesma coisa? E, se não forem, qual é a diferença? A diferença real entre os dois é viável versus comercializável.
Produto mínimo viável (MVP)
O Produto Mínimo Viável é a versão de um novo produto que permite a uma equipe coletar o máximo de aprendizado validado sobre os clientes com o mínimo esforço.
Em outras palavras, o MVP é sobre aprendizagem validada usando o mínimo de tempo e dinheiro. Trata-se de responder à pergunta: estamos construindo a coisa certa? Ele é direcionado aos primeiros usuários ou a um subconjunto de clientes com o objetivo principal de obter feedback sobre a viabilidade potencial da hipótese do produto. O MVP pode não ser um produto. Pode ser um protótipo simples, desde que ajude a adquirir o conhecimento relevante ou identificar os principais riscos.
Um exemplo de MVP são as campanhas publicitárias de produtos que ainda não existem. As campanhas simplesmente direcionam os clientes em potencial para páginas de destino com informações sobre o produto. As métricas rastreiam o interesse de clientes em potencial no produto e quais recursos estão recebendo mais atenção. Essas métricas ajudam a validar a hipótese em torno de certos recursos.
Portanto, o MVP ajuda uma equipe a descobrir a MMF potencial a ser construída.
Funcionalidade Mínima Comercializável (MMF)
A Funcionalidade Mínima Comercializável é a menor unidade de funcionalidade com valor de mercado intrínseco.
Em outras palavras, a MMF é uma funcionalidade real que fornece valor tangível para os clientes. Ela atende a uma necessidade específica, resolve um determinado problema e é de alta qualidade e usabilidade. É uma funcionalidade que pode ser comercializada, vendida e enviada.
Um exemplo de MMF é o lançamento de um produto inicial com recursos básicos e, em seguida, o lançamento incremental de recursos adicionais ao longo do caminho, em oposição à construção de um produto massivo com toneladas de recursos de uma só vez, apenas para descobrir mais tarde que mais de 60% dos recursos construídos nunca ou raramente são usados. Portanto, a MMF se concentra em recursos de alto valor, reduzindo o tempo de colocação no mercado e lançando produtos mais rapidamente para aumentar o retorno do investimento.
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Especialista em gerenciamento de projetos, programas, PMO e riscos. Com 25 anos de experiência em gerenciamento de projetos, foi responsável por mais de 50 projetos em diversos países. Atuou em empresas como Hewlett-Packard, Saab Sweden e Dana. É Diretor da PM Tech (www.pmtech.com.br), onde fornece capacitação profissional e consultoria a organizações na implantação bem-sucedida de cultura corporativa de Projetos. Foi Mentor do Project Management Institute (PMI) para o Brasil, Presidente do PMI-RS e membro da equipe que desenvolveu o Guia PMBOK® e outros guias. Certificado pelo PMI como Project Management Professional (PMP) desde 1998, Risk Management Professional (PMI-RMP) e PMO-CC, é autor de livros sobre Gerenciamento de Projetos, Escritórios de Projetos (PMO) e Certificação PMP. Doutorando em Administração de Empresas, possui MBA em Administração, pós-graduação em Computação e graduação em Informática e em Engenharia Mecânica. É professor convidado junto à Fundação Getúlio Vargas e outras instituições. Entre em contato comigo clicando aqui ou siga-me nos links abaixo.
Funcionalidade ou recurso?
A tradução literal de feature seria recurso, porém a comunidade ágil utiliza funcionalidade.